Vivi, uma garotinha muito esperta, morava numa casa grande com um quintal cheio de árvores e flores.
Um dia enquanto sua mãe cuidava do jardim, Vivi foi até o quintal para andar na sua bicicleta. Foi correndo pela grama quando de repente levou o maior susto!
Um passarinho amarelo, bem pequenino, estava encolhidinho atrás de umas flores e Vivi quase pisou nele sem querer. Abaixou-se e viu que ele estava tremendo, com uma asinha machucada e por isso não voava.
Pegou-o com carinho nas mãos e chamou sua mãe que logo arrumou uma gaiola para por o bichinho. Ele tremia muito e mal parava no poleiro.
Vivi e sua mãe passaram remédio na asa do pássaro e o colocaram na gaiola.
A mãe da garota explicou que aquela ave toda amarelinha era um canário.
Vivi resolveu dar-lhe o nome de Gaspar que era o nome de um amiguinho da escola.
Depois de uns dias a menina viu que Gaspar já voava dentro da gaiola e que a asinha já estava curada.
Gaspar apesar de já estar bom, continuava com carinha triste e não cantava.
A menina entendeu que aquele passarinho gostava mesmo era da liberdade de poder voar para onde quisesse.
Mesmo triste por pensar que talvez nunca mais visse Gaspar, resolveu pedir à mãe que abrisse a gaiola.
Nessa mesma hora Gaspar saiu voando alegre e ficou dançando no ar em volta de Vivi cantando alto, piiuuuu....piuuuuuuuuuu........piuuuuuuuuu.
O canário, muito feliz, entrava e saia da gaiola cantando sem parar.
Daquele dia em diante, todas as manhãs Vivi acordava com o canto bonito de Gaspar que vinha até a casa, pousava na janela do quarto da garota e cantava bem alto chamando-a para brincar.
Depois ia embora alegre, não sem antes fazer malabarismos sobre a cabeça de Vivi, que sorria feliz.
Rio Claro, outubro de 2003.
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