Sempre
aos sábados e ao menos um dia durante a semana, eles se encontravam para um
passeio pela cidade e também para saborearem um gostoso cafezinho nas
cafeterias preferidas.
Isto
acabou tornando-se um hábito gostoso e agradável por anos até que se instalou
essa tal de quarentena.
Todo
comércio fechou inclusive as cafeterias tão visitadas por eles.
Pertencem
ao grupo de risco e este é outro fator que os faz respeitar com
responsabilidade todas as orientações sobre os meios de se evitar contaminação.
Saídas
somente por perto e para compras necessárias como em supermercados e farmácias.
Usar transporte público nem pensar.
Resultado:
as gostosas tardes batendo papo, saboreando um leve pedaço de bolo e um gostoso
cafezinho foram canceladas.
O
receio da contaminação é real e precisa ser respeitado.
O
hábito adquirido começou a trazer saudades que vieram reforçar a vontade de
repeti-lo, mas como?
Uma
fugidinha rápida de carro para uma das duas casas foi a forma encontrada por
eles para repetir aqueles momentos.
Claro
que em suas casas o aconchego é maior, o conforto também e a conversa flui mais
à vontade, propiciando um ambiente extremamente agradável.
Os
passeios pelas ruas do bairro fazem falta sim, não há como negar, mas isto não
neutralizou o que há de mais importante: o ar romântico de um encontro para um cafezinho, adoçado com
carinho, numa cuidadosa e rápida escapadela
em plena quarentena com seus riscos.
É
o que podem fazer nestes dias tão conturbados, que logo devem passar, assim eles esperam!
Santos, 21 de maio de 2020
Para Sylvia, pela sugestão!
Para Sylvia, pela sugestão!