sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

CAIXINHA DE PANDORA







Final de ano, quer queiramos ou não, acabamos fazendo uma análise mesmo que rápida, de como foi nossa atuação ao longo dos últimos 12 meses.
Momentos alegres, momentos de conquistas, momentos de perdas e decepções, vão desfilando pela memória como que saltando um a um, de dentro de uma caixinha que abriga nossas vidas.
Interessante notar como o passar dos anos altera nossas reações diante de situações já vivenciadas, sejam positivas ou não.
Fato que em outros tempos me tiraria do sério como se costuma dizer, hoje pouco me afeta e sua mínima importância, faz com que o coloque bem no fundo do bauzinho da memória. Esquecer eu não esqueço; isso ainda não aprendi a fazer.  De certa forma é até bom para servir de alerta.
Tirando a média e os noves fora, 2015 foi um ano bom para mim.
Aprendi  muitas coisas novas e úteis, enveredei por novos caminhos, conheci pessoas que se tornaram importantes para mim.
Aprendi principalmente que as pedras do caminho que nos fazem tropeçar, aquelas mesmas de Drummond, também nos impulsionam para frente, a despeito de catarmos coquinhos (junto com nossos caquinhos), nos primeiros e desajeitados passos à procura do equilíbrio.
Este solavanco é bom e necessário pois sempre mostra novos ângulos da vida, ângulos estes que a mesmice e a acomodação escondem, nos deixando na ilusória zona de conforto.
A exemplo de Pandora devemos abrir as caixas de nossas vidas, deixando escapar tudo o que nos faz mal, tudo o que nos machuca, mas mantendo em seu interior algo essencial - a esperança.
Essa sim, deve estar presente na caixinha que abriga nossas vidas.
Com a esperança bem guardada e renovada, iniciemos esta nova caminhada.


Santos, Natal de 2015.