Final
de ano, quer queiramos ou não, acabamos fazendo uma análise mesmo que rápida,
de como foi nossa atuação ao longo dos últimos 12 meses.
Momentos
alegres, momentos de conquistas, momentos de perdas e decepções, vão desfilando
pela memória como que saltando um a um, de dentro de uma caixinha que abriga
nossas vidas.
Interessante
notar como o passar dos anos altera nossas reações diante de situações já
vivenciadas, sejam positivas ou não.
Fato
que em outros tempos me tiraria do sério como se costuma dizer, hoje pouco me
afeta e sua mínima importância, faz com que o coloque bem no fundo do bauzinho
da memória. Esquecer eu não esqueço; isso ainda não aprendi a fazer. De certa forma é até bom para servir de
alerta.
Tirando
a média e os noves fora, 2015 foi um ano bom para mim.
Aprendi
muitas coisas novas e úteis, enveredei
por novos caminhos, conheci pessoas que se tornaram importantes para mim.
Aprendi
principalmente que as pedras do caminho que nos fazem tropeçar, aquelas mesmas
de Drummond, também nos impulsionam para frente, a despeito de catarmos coquinhos
(junto com nossos caquinhos), nos primeiros e desajeitados passos à procura do equilíbrio.
Este
solavanco é bom e necessário pois sempre mostra novos ângulos da vida, ângulos
estes que a mesmice e a acomodação escondem, nos deixando na ilusória zona de
conforto.
A
exemplo de Pandora devemos abrir as caixas de nossas vidas, deixando escapar
tudo o que nos faz mal, tudo o que nos machuca, mas mantendo em seu interior
algo essencial - a esperança.
Essa
sim, deve estar presente na caixinha que abriga nossas vidas.
Com
a esperança bem guardada e renovada, iniciemos esta nova caminhada.
Santos, Natal de 2015.