Recentemente ao ler um livro, encontrei
um nome familiar ao magistério paulista nos anos 90.
Instantaneamente veio-me à
lembrança, o relato de uma amiga sobre um fato ocorrido quando ela desempenhava
funções em uma repartição pública dirigida por essa pessoa.
Sua sala de trabalho ficava
justamente ao lado do gabinete do diretor dessa repartição, importante e
respeitável senhor, famoso por sua classe, cultura e inteligência.
Tal diretor esbanjava charme por
onde passava, exibindo sempre muita elegância tanto no vestir como na forma de
tratar as pessoas.
Diariamente figuras conhecidas e de
destaque entravam naquela sala para tratarem de negócios diretamente
relacionados a milhares de profissionais.
Certo dia um pequeno imprevisto fez
toda aquela elegância e galhardia irem para os ares num instante.
No meio do expediente ouviram-se
gritos nervosos e de pânico, vindos do gabinete do diretor.
Era a voz do chefe que pedia em
alto e bom som:
-Chamem um homem, chamem um homem!
Na sala vizinha, a jovem assustada,
lembrou-se que seu chefe estava sozinho no momento e enquanto sua colega
providenciava um homem para atender
ao pedido feito aos gritos, ela, aflita e com objetivo de ajudar no que fosse
preciso, abriu a porta do gabinete e entrou.
A cena que presenciou a deixou sem
ação.
Aquela figura elegante, cheia de
classe e pompa que chamava a atenção principalmente das mulheres, estava literalmente
trepada na mesa de trabalho e com o olhar apavorado dirigido a um rato que tranquilo
e alheio a toda confusão, passeava sobre o tapete, dando voltas em torno da
mesa.
Estava explicada a necessidade de um
homem no gabinete!!!!
Santos, 24 de fevereiro de
2013