A inocência e autenticidade que permeiam o mundo infantil
muitas vezes nos colocam em situações delicadas e até constrangedoras, mas
também provocam risos quando confrontadas com nossa realidade.
Seus questionamentos carregados de ingenuidade e pureza
revelam que aqueles pequenos seres ainda não foram contaminados pela malicia,
pela falsidade e jogo de interesses, cada vez mais comuns no mundo adulto.
Já foi contada aqui no blog (A lógica infantil), a história
real do garotinho que ao ser acusado de causador de um incêndio, ficou
indignado e defendeu-se esclarecendo com toda sua lógica, que iniciara um fogo
sim, mas bem pequenino e não grandão como o que viam.
Não há como esquecer a redação feita por um menino descrevendo
detalhes do rosto materno. Nos seus 8
anos de idade, falou sobre os cabelos, os olhos e a boca de sua mãe, elogiando
tudo com sinceridade.
Entretanto ao chegar ao nariz, ciente que ele era maior que
tantos outros narizes que conhecia, preocupou-se em não magoar a mãe mas não
omitiu seu parecer e escreveu:
“Minha mãe tem nariz grande. Não é muito grande, mas é grande sim!”
Um fato acontecido na família também provocou risos.
Uma sobrinha, na época com seus 7 ou 8 anos de idade, fazendo
palavras cruzadas deparou-se com a solicitação:
animal que vive no brejo.
Eram 4 espaços e já havia um A no
segundo quadradinho.
Sem pestanejar ela preencheu as lacunas com a palavra VACA.
Questionada e corrigida pelos adultos que inclusive ironizaram
seu erro, justificou sua opção com total categoria:
- Vocês não vivem dizendo que a vaca foi para o brejo? Então
é lá que ela mora.
Mais recentemente outro caso em que a inocência infantil foi
fortemente confrontada com a realidade, ocorreu quando uma criança por volta
dos 4 anos, assistindo ao vídeo de seu nascimento deu início ao seguinte
diálogo:
- Mãe, onde você estava?
- Eu estava no hospital. Fui ganhar nenê.
- Mãe, eu que
sou seu nenê!
- Eu sei filha, isso foi quando você nasceu. Eles cortaram para você
poder sair.
- Eles tiveram que cortar para eu sair???
- Mãããããe, por que você me
comeu???????
É mesmo uma delícia curtir a inocência,
a pureza e a sinceridade infantil antes que o mundo adulto as deforme.
Santos, 19 de maio de 2012
Bacana, Lígia!!! Me fez lembrar aquela outra história de quando a Luíza, no alto dos seus 4 aninhos, parou de tagarelar e, bem séria, olhou para o pai e perguntou: "Pai, por que você tem a cara toda amassada assim?!?! HUAHAUAHAUAHUA
ResponderExcluirlEMBROU-SE?!?!?!
Lembrei sim..rss
ResponderExcluirAté o alertei para ficar esperto pois de repente ela poderia resolver usar o ferro de passar roupas para desamassar a cara dele...kkkkkkk
Criança é tudo de bom! Imaginem o quanto eu me divirto com 6 netos, todos de idade próximas! Em casa começaram a arrebentar como pipoca, um por ano.
ResponderExcluirEu tive uma escola de educação infantil aqui em Joinville. Certa vez uma menina de 4 anos perguntou a uma professora, que tem olhos azuis:
ResponderExcluir- Quando você chora suas lágrimas são azuis?
- Não, são transparentes, iguais às suas.
Desconfiada a menina, perguntou:
- Quando você chorar, você me chama pra eu ver?
Quem aguenta essa??
Muito boa essa Lucinda. Realmente a inocência infantil é cativante.
ResponderExcluirObrigada pela visita e comentários.