segunda-feira, 14 de junho de 2021

A PAZ QUE O MAR ME TRAZ

 


Não tínhamos o hábito de viajar nas férias quando crianças mesmo porque meus pais possuíam uma casa comercial e nestes períodos éramos "escalados" para auxiliar no balcão o dia todo.

Particularmente para a praia creio que vim somente três vezes antes da idade adulta. 

A primeira foi quando eu e meu irmão tínhamos perto de 2 e 3 anos respectivamente.  A segunda foi aos 14 anos quando um casal vizinho convidou-me para acompanhá-los por uns dias juntamente com sua sobrinha Lucinda que era minha amiga. 

A terceira e última foi novamente com a família mas foi meio atribulada.  Nesta ocasião eu deveria ter em torno de 16 anos. Viemos de carro e meu pai perdeu-se ao passar por São Paulo. Se não me engano isso ocorreu tanto na ida como na volta da viagem.   Foram poucos dias mas ao menos respiramos o ar praiano apesar de alguns problemas como peles queimadas e ânimos exaltados.

Sem dúvida a segunda viagem foi a que mais aproveitei pois passeamos bastante por São Vicente e principalmente Santos que me cativou muito já naquela época.  Adorei o jardim, mesinhas na calçada, descontração, alegria. Fiquei encantada com o trecho formado pela Av. D. Ana Costa e suas palmeiras imperiais,  com a orla e seus hotéis na região principalmente o tradicional e ainda existente Hotel Atlântico.

O tempo passou e anos mais tarde já como professora as bonitas lembranças da cidade despertaram saudades. Acompanhada dos sobrinhos pequenos resolvi passar um período das férias escolares em Santos. Este fato se repetiu por alguns anos e sempre ficávamos em hotéis na região do Gonzaga. Foi uma época que deixou doces recordações.

Anos mais tarde perto da aposentadoria e considerando que familiares mais próximos já não moravam mais na minha cidade natal, lembrei-me da beleza e alegria de Santos, e claro, de sua grande faixa de areia e praias que possibilitam caminhadas que gosto muito de fazer.

Decidi assim mudar para esta cidade e pouco tempo depois minha irmã também fez  mesmo.

Fui muito bem recebida e me adaptei instantaneamente apesar das saudades da Cidade Azul e das pessoas que por lá deixei. Sempre que possível retorno para visitar minha Rio Claro. 

E assim já se foram quase 18 anos nos quais todos os dias agradeço a possibilidade de andar neste belo e sempre bem cuidado jardim,  fazer caminhadas na areia, observar a alegria que há na cidade o ano todo e curtir muito a paz que o mar me traz!

Gratidão sempre!

 

Santos, 14 de junho de 2021


Para Eunice Nedog Leme pela sugestão do tema.










6 comentários:

  1. adorei o tema e muito bem ,como sempre,descrito por você.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela visita ao blog e comentário. Pena que saiu anônimo. Abraço!!

    ResponderExcluir
  3. Cristina Amabile Zavaglia dos Santos16 de junho de 2021 às 11:43

    Que belo testo , Ligia !
    Nós estivemos em Santos , visitando o Aquário , em excursão da Faculdade , lembra ?
    Beijos . Saudade !

    ResponderExcluir
  4. Lembro sim Cris! Que curso bonito fizemos hein!!! Aulas no horto, viagens para conhecer plantas e animais em seus ambientes naturais…muito legal mesmo!
    Lembro da noite gelada que passamos no alojamento aos pés do Pico de Itatiaia. O Karl Ebert abria a porta do refeitório toda hora pra medir a temperatura lá fora…rsss
    Saudades gostosas de uma época feliz!

    ResponderExcluir
  5. Muito gostoso ler seus contos, é como se eu estivesse aí num banco na orla conversando com você! Adorei❤

    ResponderExcluir
  6. Que gostoso ler suas palavras! É justamente isso que procuro, contar os casos de forma descontraida, divertida e informal. Obrigada pela visita ao blog.

    ResponderExcluir