Diz o ditado popular que "cada um é cada um".
Cada indíviduo é único e difere dos outros através da maneira de pensar, de agir, de ser, ou seja, do conjunto de todas suas características.
Dentre essa gama enorme da diversidade humana os traços de personalidade, ou melhor esclarecendo, o ritmo de alguém no dia a dia, varia de célere demais ao extremamente vagaroso.
Com certeza todos já conviveram com pessoas que se diferenciavam de nossas atitudes no quesito da agilidade ou lentidão.
Desde muito jovem ela já manifestava uma característica marcante: possuia um ritmo diário um tanto mais veloz que seu círculo de conhecidos. Na linguagem comum era classificada de maneira jocosa como elétrica e ligada em alta voltagem.
Com a chegada da fase adulta passou a se controlar mais, pois aprendeu que cada um tem seu ritmo próprio e o respeito a isso é questão fundamental na convivência.
Porém, e toda história tem o seu porém, às vezes se esquece dessas diferenciações e por exemplo em uma simples ida ao supermercado na companhia de alguém, pode literalmente disparar na frente deixando para trás quem tem maior curiosidade em conhecer cada produto exposto.
Aquela noite prometia ser especial e de fato foi.
A programação consistia na ida a uma peça teatral com um pequeno grupo de pessoas.
Com certa antecedência ela começou a se arrumar.
Sua companhia fez o mesmo, mas com mais lentidão.
Em pouco tempo, já pronta, ficou à espera que ele também acabasse de se vestir para se juntarem âs demais pessoas que estavam praticamente arrumadas.
Ainda um pouco aflita o viu finalmente pronto e elegantemente vestido com seu blazer para ocasiões especiais.
O teatro correspondeu às expectativas do grupo e curtiram bastante os momentos juntos.
Já no retorno à casa e se preparando para deitarem, ele deu pela falta da calça de seu pijama. Ambos procuraram com calma na mala, no chão, atrás da cama, e nada.
Nem sinal da tal peça, embora ele jurasse que a havia levado.
Após um tempo deram-se por vencidos e desistiram da busca.
Ato contínuo ele começou a se despir, mas ao retirar a novíssima calça jeans, eis que veio o espanto.
Por baixo de suas calças ele vestia a peça do pijama listrado que até então havia procurado nervosamente.
A surpresa foi seguida de uma discreta risada, talvez não tão discreta assim, dada por ela.
Ele havia esquecido de tirar o pijama que vestira após o banho e colocara a calça jeans por cima. Não teve dúvidas em colocar a culpa do ocorrido no fato de ter sido apressado várias vezes enquanto se vestia.
Havia ido ao teatro todo elegante com seu blazer para ocasiões especiais, mas vestindo por baixo, a "discretíssima" calça listrada do pijama!!!
Como não rir???
Santos, 03 de dezembro de 2025

Kkkkkk
ResponderExcluirComo sempre , você consegue nos fazer rir com seus contos.Sempre ótimos!!!!!
Muito obrigada por sua visita ao blog e comentário! Pena que saiu anônimo.
ResponderExcluirAdorei esse conto! É de uma beleza e pureza quase infantil que nos aquece o coração!
ResponderExcluirSão momentos inocentes como esse do pijama, que alegram nosso dia a dia. Obrigada pela visita e comentário.
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