segunda-feira, 7 de abril de 2025

TELEVISÃO

 



            Não sei se sou eu que ando exigente demais ou então ranzinza, mas o fato é que os poucos momentos nos quais ligo a TV  em canais abertos ou não, não consigo soltar das mãos o controle remoto. 

          Isto porque em poucos minutos olhando para um canal qualquer já me desinteresso pelo assunto e lá vou eu apertando o botão sem parar, até que vez ou outra algo me prenda a atenção. 

           Como sou cinéfila geralmente acabo optando por um filme apresentado em plataformas de streaming.

            Há pouco liguei o aparelho e a cena me trouxe de imediato a lembrança de meu pai. Vi na tela a figura conhecida de Galvão Bueno. Instintivamente já mudei o canal. Não tenho nada especificamente contra este profissional; apenas me cansei de seus comentários. 

            Tal fato lembrou meu pai pois ele tinha verdadeira antipatia por Galvão. Entretanto, por gostar de assistir futebol pela TV se deparava com um problema já que a maioria dos jogos tinha a apresentação e comentários sob a responsabilidade deste locutor. A solução encontrada pelo sr. Italo, meu pai, foi deixar a TV ligada só com a imagem do jogo e ouvir a transmissão pelo radio.

        Dizia ele que ficava meio conflitante já que o som era num rítmo inflamado, entusiasmado e a imagem na TV trazia cenas bem menos aceleradas. Mesmo assim, segundo ele, valia a pena.

         No meu caso específico fico à procura de filmes interessantes, sejam dramas, comédias ou mesmo documentários. Se na primeira vista já vejo cenas exibindo armas, violência, mortes, etc, já mudo em busca de outro. Já basta a realidade.

            Ultimamente procuro por histórias que me deixem leve, mais esperançosa, que despertem sorrisos ou mesmo algumas lágrimas, mas que tais lágrimas sejam provocadas por momentos onde os bons sentimentos falem mais alto e deem alento. 

            Dentre os filmes que já assisti várias vezes cito dois: 

Cinema Paradiso vi umas três vezes e fiquei emocionada em todas elas. Além da bela história nos traz a música de Ennio Morricone; e Meia Noite em Paris que tem uma apresentação leve, agradável, com belas imagens e fantástica viagem ao passado. 

            Creio que de certa forma o fundo nostálgico que pode ser observado no filme de Woody Allen (Meia Noite em Paris), mostra indiretamente, ou até mesmo diretamente, que o passado foi mais interessante que o presente.

            Porém, e sempre há um porém, atualmente há poucos filmes que ficam em nossas memórias como estes citados acima. A grande maioria visa a comercialização, as bilheterias concorridas, e a chamada sétima arte acaba esquecendo de ser arte.

            Neste contexto todo opto por filmes clássicos, produzidos em décadas passadas, mas que com certeza são atemporais.

            Quanto à TV aberta, raramente me lembro dela.


Santos, 7 de abril de 2025.



6 comentários:

  1. Não foi só o seu pai que não COMgostava do Galvão, tive um cachorrinho que não podia ouvir a voz dele, latia sem parar, precisávamos prender o cão, para podermos ouvir a TV. Quanto ao texto que você escreveu, realmente aqui em casa temos o mesmo sentimento, nada de interessante na TV. Como sempre tudo muito real.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você me fez rir com a história do cachorrinho. Realmente os animais reconhecem quem merece carinho!
      Muito obrigada pela visita e comentários.
      Pena que consta como anônimo.
      Abraço.

      Excluir
  2. Obrigada Carminha.
    Acabei de ver sua mensagem no WhatsApp e conclui que o 1⁰ comentário é seu!!!
    Seu cachorrinho tinha boa percepção!!!!!
    Abraço!!!

    ResponderExcluir
  3. Lígia Cerri, tb ando assim em relação a TV

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom saber disso.
      Acho que então não é má vontade minha, e sim a programação é que está muito desinteressante, pobre em conteúdo e rica em violência, falácias e bobagens.

      Excluir
  4. Para colocar o nome, basta clicar na setinha preta à direita da palavra Comentar.
    Abrirá um espaço para digitar Nome ou URL. Basta escrever o nome e clicar em continuar.
    Aí há o espaço para digitar o comentário.

    ResponderExcluir