Há aproximadamente um ano não nos
vemos ao vivo e a cores.
Na verdade não nos vemos nem
virtualmente, já que entre ela e a tecnologia que a informática oferece, há uma
incompatibilidade atroz. Quando há necessidade de enviar informações a alguém, costuma perguntar se
pode mandar por malote, recordando o tempo em que esse meio era usado com
frequência.
A despeito deste distanciamento
físico, sorrio sempre que me lembro dela.
Trabalhamos na mesma sala por um
certo período e nesse tempo pude conviver com uma profissional responsável,
competente e com um grande senso de humor.
Dona de uma fina ironia, provocava boas
risadas com suas observações feitas na sala de trabalho que ficava justamente
ao lado da sala do chefe, famoso por sua seriedade. Suas frases espirituosas e hilárias
conseguiam despertar sorrisos até na face do circunspecto chefe.
Recentemente li uma divulgação
sobre a abertura de novo restaurante na cidade.
Tal fato levou minhas lembranças diretamente a ela, provocando risada
mesmo após transcorridos tantos anos.
No período em que trabalhamos juntas,
houve a inauguração de um belo restaurante na região central da cidade.
Ao ficar sabendo de tal evento, achou
uma boa ideia almoçar com a família neste local, já que era um belo sábado de
sol. Todos concordaram com sua até
então, brilhante sugestão.
Logo na entrada do restaurante notaram
um grande movimento e o atribuíram à curiosidade natural. Consideraram que todos queriam conhecer e
experimentar os serviços do novo local.
À medida que caminhavam pelo
corredor central, observaram que a maior parte das mesas já estava ocupada por pessoas muito bem arrumadas e elegantes, mas que nunca haviam visto. Todas os olhavam com certo ar de surpresa e principalmente curiosidade, já que a
família estava em trajes bem esportivos e descontraídos, adequados para uma
tarde quente de sábado no clube.
Quando já estavam no meio do corredor à procura de uma mesa vazia, avistaram um conhecido. Cumprimentos trocados e eis que o amigo diz que
desconhecia que haviam sido convidados também.
- Convidados para quê?
ela perguntou já com medo de ouvir a resposta.
O temor tinha razão de ser.
Era um casamento cujos noivos que
eles não conheciam, haviam reservado o restaurante todo para receberem os convidados
para a festa, diga-se de passagem, uma elegantíssima festa.
Descobriu tarde demais que não
havia lido a notícia sobre a abertura do restaurante com atenção e se confundira
com os dias.
A inauguração do local para o
público em geral, seria no dia seguinte, no domingo.
À família não restou outra opção a
não ser virar literalmente nos calcanhares e se retirar sem nem olhar para os
lados, mas sentindo todos os olhares em sua direção.
Já na rua ela tentou se justificar
mas foi em vão, afinal havia acabado de fazer a família pagar um grande mico transformando-a em penetra
de festa alheia, com direito à entrada triunfal e saída mais triunfal ainda.
Longe de constrangê-la, este fato
foi contado e até teatralizado por ela, causando muitas gargalhadas, inclusive do severo chefe.
Com muita propriedade, Caio Fernando Abreu já disse:
“Você percebe que as pessoas são
inteligentes quando elas conseguem rir de si mesmas. Gente ignorante só
consegue rir dos outros.”
Saudades de você Rosmari!
Uma homenagem à Rosmari e seu excelente senso de humor.
Qualquer dia conto a história de como saindo na estrada para ir a Ipeúna, você chegou triunfalmente em.........Ajapi...rsss.
Muito bom!! Parece que estou vendo ela explicar este ocorrido...grande Rosmari
ResponderExcluirRealmente rimos muiiiiiito vendo-a representar a entrada da família toda sob os olhares dos convidados. Até o sr. delegado riu muito...rsss Obrigada pelo comentário e por sua visita ao blog, Um abração pra vc e curta Miami.
ResponderExcluirPor incrível que pareça nao mudou nada , graças a Deus ela e uma das minhas melhores amigas viajamos e passeamos juntas e o maus importante com a familia , acho que tbem vou te contar algumas peripécias da Rosmari para seu proximo livro sem contar que de quebra tenho a Marildinha, a Vilde , a Edna Valdanha vc precisa fazer uma viagem com a gente somos bem simples ficamos no Brasil mesmo, mas o fato de estarmos juntas vale milhões de dolares beijs amiga
ResponderExcluirEla deve ser mesmo uma companhia excelente para viagens. Acompanho de longe estes passeios que vocês fazem e um dia pretendo ir junto sim. Ahhh,,..vou querer saber sobre as peripécias deste grupo.Fiquei curiosa...rs. Obrigada pela visita ao blog e pelo comentário. Abração Arlete.
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