- To vazando!
Honestamente, a primeira vez que
ouvi essa expressão, interpretei-a como fala de alguém que estava necessitando urgentemente
ir a um banheiro. Somente ao ver a
atitude que se seguiu é que entendi o real significado.
Incrível como os termos mais usuais
mudaram nesses últimos anos.
Mudanças muito mais aceleradas em
relação às que ocorreram há quatro ou cinco décadas.
É relativamente comum durante uma
conversa com alguém das chamadas gerações X e principalmente Y ou Z, usarmos
algumas palavras que desconheçam, bem como ouvirmos algumas que não têm significado
para a chamada geração Baby Boomer (meados dos anos 40 até início dos anos 60)
à qual pertenço.
Na realidade até o intervalo entre
as gerações aparentemente mudou, pois em meados do século XX considerava-se a
diferença entre uma e outra geração, como algo em torno de dez anos. Atualmente
é possível considerar-se um intervalo bem menor.
Tudo tem ocorrido rápido demais e
mesmo assim os jovens se expressam com o famoso demorô!
Em uma conversa informal com
adolescente, usei o termo manequim referindo-me à profissão que uma amiga exercera. Questionada sobre o que fazia um manequim,
lembrei-me que hoje as chamamos de modelos. Reformulei minha frase e aí me fiz
entender.
Ao rever fotos antigas escorreguei
novamente no vocabulário e as chamei de retratos, fato que soou mal inclusive aos
meus ouvidos já tão usados!
Na verdade até as fotografias já
não são mais assim chamadas. Agora são conhecidas por fotos, apenas fotos! Isso aconteceu também com o termo cinema que logo
após sua invenção era chamado de cinematógrafo, passou a cinema e hoje é
simplesmente cine.
Constantemente sou corrigida quando
uso a palavra firma referindo-me a uma empresa.
Os gibis que povoaram minha
infância hoje são as HQs.
Os reclames na mídia são as
propagandas.
São as mudanças que sempre
ocorreram, mas isso acontecia de maneira mais lenta, gradativamente.
As gírias que também se alteravam ao
longo dos anos, atualmente dominam quase 80% do vocabulário principalmente
juvenil.
Recentemente numa fila de
supermercado acabei acompanhando um diálogo e senti-me totalmente fora de
contexto. De cada frase trocada entre as
jovens, consegui entender uma ou outra palavra, entretanto elas se entendiam
perfeitamente.
Assim é muito comum ouvirmos um: mó legal, da hora, causei (no
sentido de chamar a atenção), buzum
ou buzão (ônibus), caô (mentira), demorô, pisante (tênis), tá ligado? , responsa (confiável), dar um rolé (passear), style (estar bem
arrumado) e tantas outras.
A mais nova forma de linguagem, a chamada
internetês, possibilita uma comunicação extremamente rápida no meio virtual. A
cada dia novas formas são a ela incorporadas. É comum encontrarmos nesse tipo
de linguagem, expressões como blz
(beleza), fds (final de semana), OMG (oh My God), cmg (comigo), VB (very
beautiful), msm (mesmo), vdd (verdade), etc. Elas facilitam a
troca de informações entre os internautas. Percebe-se inclusive que em alguns casos ela
já está extrapolando a tela dos computadores, saindo do ambiente virtual e manifestando-se na linguagem
verbal do dia a dia.
Tá
ligado no que vai acontecer com a Língua Portuguesa quando a geração alfa
(filhos da geração Y ou Z) estiver causando
por aqui?
Demorô hein!
Nossa Língua Portuguesa é riquissima.Pobre são nossos "novos " professores que assumem igualmente esse termos das gerações X_Y_Z.Quem sabe novas mudanças...Choque de gerações?
ResponderExcluirOs vestibulares podem explicar perfeitamente.
Lígia, sou da época dos gibis, ou seja, um POUCO mais nova. Agora, quando li RETRATO e RECLAME, nossa, me cheirou NAFTALINA(?!?!?!?!?)RSRSRSRS
ResponderExcluirara ara ara....retrato e reclame eram termos usados, digamos, há....algumas décadas...kkkkkk
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