sábado, 6 de agosto de 2011

FERIADO EM PARATY



Feriado se aproximando com previsões de bom tempo e calor.
As quatro amigas decidiram aproveitar os dias de folga para descansarem na praia e curtirem a   bucólica Paraty.
Malas prontas, últimos acertos feitos e logo no início da manhã já estavam na estrada.
Durante o trajeto que não foi curto, muita conversa muitos casos contados e muita risada.
Comentando o que uma ou outra levava na bagagem, eis que surgiu um senão. Prevenidas e acostumadas com imprevistos, três delas levavam vários cabides em suas malas.
A motorista ouvindo essas observações ficou intrigada e levantou um alerta - não havia tido essa ideia!  
Para brincarem com ela, as outras três imediatamente lhe avisaram que não adiantaria pedir, pois não emprestariam os cabides. Deveria ter sido mais eficiente e pensado nisso no momento de arrumar sua mala.
O assunto rendeu muito durante a viagem e as três através de gestos propositalmente combinados, fizeram muita zoeira sobre a motorista, conhecida até então por sua grande capacidade de planejamento e administração.
Chegaram ao destino logo depois da hora do almoço e não tiveram dificuldades em localizar a pousada que haviam reservado. Local bonito e próximo à praia.
Não era uma pousada requintada, ao contrário, era bem simples, mas muito aconchegante e exatamente o que elas procuravam.
Registros feitos, as amigas se dirigiram ao quarto onde as quatro ficariam juntas. De imediato já escolheram as camas e sobre elas colocaram suas coisas.
Malas abertas, roupas desdobradas e após uma disfarçada troca de olhares cúmplices e divertidos, as três acintosamente começaram a colocar as peças nos cabides que levaram, quando de repente o alerta de uma delas interrompeu os trabalhos. 
No quarto que lhes fora destinado, só havia camas, única e exclusivamente C A M A S.
Nenhum armário para guardar roupas e muito menos pendurar cabides, claro!
Olhares incrédulos e roupas nas mãos, o que se ouviu a seguir foram só gargalhadas no que foram acompanhadas pela amiga “descabidada” que triunfante, ria mais que todas confirmando a máxima - Quem ri por último ri melhor!
Na manhã seguinte, a mais madrugadora dentre as amigas, levantou-se e pé ante pé saiu do quarto a fim de caminhar na praia.
Observadora, viu quando uma garça se deslocava sobre a areia encharcada e curiosa resolveu se aproximar.  Distraída com a cena da ave procurando alimento, não se deu conta do tipo de terreno em que pisava. 
Era um grande lodaçal.
Isso ela constatou tarde demais ao sentir uma perna afundando até acima do joelho.  Rindo de sua situação ridícula, não conseguiu ter forças para livrar a perna presa no lodo e teve que sentar-se no chão para poder fazer isso. 
Enquanto isso a garça a olhava incrédula e assustada sem entender o que aquele ser humano fazia.
Quando conseguiu ficar em pé novamente teve que voltar rapidinho à pousada porque um banho era necessário e urgente já que estava toda enlameada.
Quando as demais amigas acordaram contou-lhes o caso ainda inconformada com o riso disfarçado que jura ter visto no canto do bico da garça enquanto ela afundava na lama.

Santos, 4 de julho de 2011

Recordando tempos não tão distantes e muito bons na companhia de Mada, Alice e Cleide.

Nenhum comentário:

Postar um comentário